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Falar inglês com naturalidade é o sonho de muitos brasileiros. Afinal, dominar o idioma abre portas para intercâmbios, bolsas de estudo e oportunidades de trabalho no exterior. Mas, na prática, o que acontece é que muita gente estuda por anos e ainda sente travas na hora de conversar — aquele medo de errar, de não soar “fluente” o bastante, ou até de esquecer palavras simples.
A boa notícia é que a maioria desses problemas tem explicação (e solução!). Neste artigo, vamos mostrar quais são os erros mais comuns que impedem brasileiros de falar inglês com naturalidade — e o que você pode fazer para se livrar deles de uma vez por todas.
O que você vai aprender:
- Os principais erros gramaticais e de pronúncia cometidos por brasileiros
- Como o “português mental” atrapalha o inglês
- Estratégias práticas para destravar a fala
- Dicas para pensar diretamente em inglês
- Hábitos diários que melhoram sua fluência
1. Traduzir tudo mentalmente antes de falar
Esse é o erro número um de quem tenta se comunicar em inglês: pensar em português, traduzir na cabeça e só depois falar. O problema é que esse processo é lento e artificial, e deixa a fala travada.
Para ganhar naturalidade, é preciso começar a pensar em inglês — mesmo nas coisas simples do dia a dia. Por exemplo: em vez de pensar “vou tomar um café”, tente pensar direto “I’ll have a coffee”. Fazer isso de forma consciente, todos os dias, ajuda o cérebro a se acostumar com a estrutura do novo idioma.
Dica: Troque a legenda da sua série favorita para o inglês e tente narrar em voz alta o que está acontecendo. Isso força seu cérebro a processar o idioma de forma natural.
2. Usar frases literais do português
Muitos brasileiros tentam “forçar” o inglês a seguir a lógica do português — e acabam soando estranhos ou pouco naturais. Expressões como “I have 25 years” (em vez de I’m 25) ou “open the light” (em vez de turn on the light) são exemplos clássicos.
O segredo é pensar em blocos de sentido, e não em palavras isoladas. Cada idioma tem suas próprias combinações naturais — chamadas de collocations.
Exemplo:
❌ Do a mistake → ✅ Make a mistake
❌ Strong rain → ✅ Heavy rain
A melhor forma de aprender isso é por exposição: assistir, ouvir e ler conteúdos autênticos em inglês — filmes, podcasts e artigos de nativos.
3. Ter medo de errar
O medo de errar é o maior inimigo da fluência. Muitos brasileiros sabem o que dizer, mas hesitam, tentam formular a frase perfeita e… travam.
A fluência não vem da perfeição, e sim da prática constante. Falar inglês é um músculo: quanto mais você usa, mais forte fica.
Dica prática: participe de trocas linguísticas online (como no Tandem ou HelloTalk), onde você conversa com nativos que também querem aprender português. É uma forma segura e divertida de praticar sem medo.
4. Negligenciar a pronúncia
Outro erro comum é achar que “falar com sotaque” é o mesmo que “falar errado”. O problema não é o sotaque em si, mas a pronúncia incorreta de sons que mudam o significado das palavras.
Por exemplo, muitos brasileiros confundem:
-
Sheet (lençol) e Shit (palavrão)
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Beach (praia) e Bitch (ofensa)
-
Live (viver) e Leave (partir)
Dominar a pronúncia não exige sotaque perfeito, mas clareza e entendimento. Use dicionários com áudio (como o Cambridge ou o Forvo) e tente imitar o ritmo e a entonação dos nativos.
Treino extra: repita frases curtas de filmes e vídeos. Ouça, pause e repita tentando igualar a melodia da fala. Esse exercício é chamado de shadowing — e é um dos mais usados por poliglotas.
5. Depender só da gramática
Estudar gramática é importante, mas não é o suficiente para falar bem. Muitos estudantes sabem as regras, mas não conseguem aplicá-las naturalmente em uma conversa.
O ideal é equilibrar gramática, vocabulário e prática oral. Estude a estrutura, mas logo em seguida coloque em uso o que aprendeu. Por exemplo: se você estudou o past simple, grave um áudio contando o que fez ontem usando o tempo verbal corretamente.
A fluência vem do uso real, não da teoria.
6. Falar sem prestar atenção no ritmo da língua
O inglês tem um ritmo diferente do português. Enquanto o português é “cantado” e fluido, o inglês é mais rítmico e pausado, com sílabas fortes e fracas bem marcadas.
Ignorar isso faz a fala soar robótica ou difícil de entender. Para melhorar, ouça ativamente falas de nativos e tente reproduzir o ritmo e entonação.
Dica: pratique com músicas e diálogos curtos. Preste atenção em como as palavras se conectam, e tente imitar a musicalidade da frase, não apenas as palavras.
7. Não criar um ambiente de imersão
Muitos brasileiros estudam inglês apenas durante a aula — e depois “desligam” o idioma. Mas o segredo da naturalidade está em viver o inglês todos os dias.
Você pode transformar pequenas ações em oportunidades de prática:
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Mude o idioma do celular e redes sociais;
-
Pense em inglês ao fazer planos ou listas;
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Siga criadores de conteúdo nativos;
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Assista a vídeos com legendas em inglês, e depois sem legenda.
O cérebro precisa se acostumar com o idioma de forma contínua. Quanto mais contato você tiver, mais natural ele se tornará.
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Foto de capa por Brooke Cagle na Unsplash