10 melhores países para estudar Medicina no exterior em 2024

Ninguém pode negar que o Brasil tem bons cursos de medicina. Na verdade, somos o país latino-americano com mais faculdades desta área listadas entre as melhores do mundo.

Mas fazer um curso como este em universidades públicas não é nada fácil e depende totalmente da sua nota do Enem. Por isso, muitas pessoas completam o curso fora do Brasil.

Mas quais são os melhores países para estudar medicina no exterior? É isso que você vai descobrir a seguir!

Quais são os melhores países para estudar Medicina no exterior?

Se você sonha em estudar Medicina no exterior, precisa, antes de tudo, encontrar qual é o melhor destino para você. Essa escolha pode ser mais difícil do que parece. Isso porque os cursos de medicina variam muito de um país para o outro.

Em alguns lugares, você pode acompanhar médicos, participar de pesquisas ativas e até mesmo se encontrar com profissionais de saúde da comunidade local. A abordagem também pode ser diferente, focando em uma medicina mais tradicional, ou investindo mais no aspecto tecnológico.

Mas, além de uma questão de estilo, você também deve considerar outros aspectos. Afinal de contas, não adianta sair do país para fazer faculdade e depois não conseguir revalidar seu diploma no Brasil, né? Entre os fatores essenciais estão:

• Qualidade (que pode ser avaliada pela lista de melhores cursos QS by Subject Medicine);
• Tempo de duração do curso;
• Facilidade do idioma;
• Preço.

Nós fizemos um levantamento usando como base esses quatro critérios para chegar à conclusão de que países são mais interessantes para fazer medicina. Aqui, você confere 10 sugestões de países onde você vai poder ter ótimas experiências.

1. Reino Unido

Se você quer estudar Medicina no exterior, o Reino Unido é, sem dúvidas, uma das melhores opções. Um dos principais motivos para isso é a qualidade dos cursos oferecidos por lá. Das 10 melhores faculdades de medicina do mundo, quatro são britânicas. Outras vantagens são:

• O país é uma referência na pesquisa médica;
• O curso de medicina é oferecido a partir do nível de graduação;
• É possível concluir seus estudos em 6 anos (tempo parecido com o do Brasil);
• Os cursos são oferecidos em inglês;
• Existem bolsas, como na Universidade de Cambridge, que cobrem todos os seus gastos com anuidade (e algumas até outras despesas).

Além disso, Escócia, País de Gales, Irlanda do Norte e Inglaterra contam com o National Healthcare Services (o “SUS” do Reino Unido). Esse sistema público de saúde é um dos melhores do mundo, o que vai garantir uma perspectiva única na prática e na teoria médica.

Hospital universitário em Norwich, parte ao NHS (FrancisTyers/Wikimedia Commons)

O Reino Unido também é um bom lugar para se viver. Londres é considerada uma das melhores cidades do mundo para estudantes, segundo o QS Best Student Cities. Entre os motivos para isso está a alta empregabilidade de quem se forma por lá.

E não dá para esquecer as atrações turísticas. Você pode visitar as Terras Altas da Escócia, caminhar pelas montanhas e falésias à beira-mar do País de Gales,visitar as florestas da Irlanda do Norte ou relaxar no Lake District, na Inglaterra. Com educação de ponta, parques naturais e atrações culturais para explorar, você vai se dar bem na terra da rainha!

2. Argentina

Dos Andes até a costa no Atlântico, a Argentina tem tudo que você precisa para uma excelente experiência de intercâmbio. Lá tem um pouco de tudo: cidades agitadas, paisagens deslumbrantes, comunidades remotas e um cenário artístico e cultural vibrante.

Esses são alguns dos pontos que fazem a Argentina ser um destino comum para estudantes brasileiros de Medicina. Mas, quem escolhe ir para lá pode contar com muitas outras vantagens, como:

• Ensino público e gratuito de qualidade disponível para brasileiros;
• Facilidade de acesso por ser um membro do Mercosul;
• Os cursos são lecionados em Espanhol;
• É possível fazer Medicina na graduação;
• Tem 4 universidades na lista do QS by Subject, sendo 3 públicas. 

Ainda existem algumas pessoas com receio de fazer o curso na Argentina, por temerem que a qualidade não seja tão alta. Porém, o nível das universidades do nosso país vizinho é muito próximo ao encontrado nas melhores universidades brasileiras, como a UNICAMP e a UnB.

9 melhores universidades para estudar medicina na Argentina

Se você se preocupa muito com o prestígio da instituição que você estuda, a Universidade de Buenos Aires (UBA) é uma opção segura. A UBA é a melhor universidade da América Latina e, para estudar lá, você só precisa se matricular e fazer um período preparatório. Ou seja, não é preciso fazer vestibular.

3. Espanha

A Europa tem fama de ser um lugar muito caro para se viver. Porém, a Espanha pode ser um dos países mais baratos para fazer intercâmbio na Europa Ocidental. O custo de vida espanhol é muito menor que no Reino Unido, França e Alemanha, por exemplo.

Um dos grandes pontos positivos da Espanha é o idioma, afinal, o espanhol é bem próximo do português. Outra vantagem é que o processo seletivo para fazer medicina é o mesmo que para fazer qualquer outra faculdade na Espanha. Ou seja, escolhendo o país você terá:

• Estudo em uma língua próxima ao Português;
• Curso de medicina em formato de graduação;
• Possibilidade de concluir a graduação em 6 anos;
• Anuidade baixa em comparação com outros países;
• Possibilidades de bolsas;
• Acesso a cursos de alta qualidade.

De todos os cursos de medicina da Espanha, o que mais se destaca é o da Universidade de Barcelona. Ela tem a 64.ª melhor faculdade da área no mundo. Cerca de 4 mil estudantes (entre estrangeiros e nativos) fazem medicina na universidade.

Universidade de Barcelona é um ótimo lugar para fazer medicina no exterior (foto: Mister No/Wikimedia Commons)

Além das qualidades no curso de medicina oferecidos por lá, a Espanha é um bom lugar para quem quer aproveitar esse tempo para viajar. Os pontos turísticos espanhóis já foram até cenário de séries como Game of Thrones. Isso sem falar os pratos típicos do país que são famosos no mundo todo.

4. Alemanha

Sendo uma das maiores economias da Europa, não é de se estranhar que a Alemanha também se destaque na área de medicina. O país tem quatro universidades classificadas entre as 100 melhores de medicina do mundo segundo a lista da QS by Subject.

Se você quer gastar pouco, a Alemanha pode ser um dos lugares mais interessantes para você. Ainda que seja um país com custo de vida elevado, as universidades alemãs estão entre as mais baratas do mundo, sendo que algumas nem cobram anuidades.

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Pensando na vida fora dos estudos, a Alemanha também é um dos destinos mais vantajosos. O país é cheio de oportunidades de emprego e quem se forma em uma instituição alemã pode procurar um trabalho na área durante 18 meses. Se você conseguir, pode ficar por lá indefinidamente. Resumindo, ir para a Alemanha significa:

• Ter uma educação médica de ponta;
• Pagar tarifas baixas pela sua educação;
• Poder conseguir uma bolsa;
• Concluir a graduação em medicina em 6 anos;
• Aumentar as suas chances de conseguir um emprego.

Sem dúvidas são muitas vantagens. Porém, como nada é perfeito, escolher a Alemanha também tem pontos negativos. No caso do curso de medicina, praticamente não existem opções de escolas em inglês. Ou seja, para estudar lá você precisa ser fluente em alemão.

5. Austrália

A Austrália é uma das melhores opções para quem quer aprender medicina fora do país e sabe falar apenas inglês. É verdade que as universidades australianas não são tão renomadas quanto as britânicas, mas elas ainda são referências mundiais.

No ranking das melhores faculdades de medicina do mundo da QS as universidades australianas são mencionadas 26 vezes, sendo que três delas estão entre as 50 melhores e seis entre as 100 mais bem avaliadas do planeta.

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Além da qualidade e do idioma, os cursos australianos são bastante versáteis, sendo oferecidos tanto como graduações quanto como pós-graduações. No caso do bacharelado, o curso é um pouco mais extenso que o normal, mas ainda vale a pena. As principais qualidades são:

• Faculdades de medicina de reconhecimento mundial;
• Possibilidade de concluir a graduação de medicina em 7 anos;
• Todos os cursos são disponibilizados em inglês;
• Anuidades muito mais acessíveis que nos outros países de língua inglesa
• Possibilidade de conseguir uma bolsa.

Universidade de Sydney é uma das instituições que fazem a Austrália ser um dos melhores lugares para fazer medicina no exterior (Foto: Merryjack/Flickr)

A Austrália também é um lugar muito agradável para morar, já que está na lista dos melhores países do mundo para se viver. Os australianos têm um clima paracido com o do Brasil, muitas oportunidades de trabalho e entretenimento. Além disso, a culinária da Austrália pode te surpreender com muitas delícias para experimentar.

6. China

A China pode não ser o primeiro lugar que passa na sua cabeça quando você pensa em estudar medicina fora do país. Ainda assim, ir para esta grande potência mundial pode ser muito mais vantajoso do que a maioria pensa.

O primeiro ponto a se considerar é que os cursos de medicina chineses são, em média, 70% mais baratos do que aqueles oferecidos no Reino Unido ou Estados Unidos. Mesmo assim, ainda é possível conseguir uma bolsa para estudar por lá.

E se engana quem pensa que isso representa uma perda de qualidade. As faculdades de Medicina da China estão no mesmo nível das melhores instituições ocidentais. Das 52 escolas médicas do país, 28 estão listadas entre as melhores do mundo da lista QS. Destas, três estão entre as 100 melhores avaliadas pela instituição. Ou seja, na China você terá:

• Ensino de qualidade;
• Preço acessível;
• Curso no formato de graduação com duração de 5 anos;
• Possibilidade de conseguir uma bolsa;
• Cursos oferecidos em inglês.

Diferente do que acontece nos países europeus, é muito fácil encontrar programas de medicina na China oferecidos em inglês. Além disso, os estudantes vão poder treinar em hospitais de alto nível nas metrópoles do país e ter acesso à medicina tradicional chinesa.

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Isso sem contar que a China é um ótimo lugar para explorar. Lá você encontra uma comida maravilhosa e uma cultura rica e milenar. Tudo isso vem acompanhado de grandes oportunidades profissionais quando você se formar.

7. Holanda

A Holanda é muito mais do que moinhos de vento, bicicletas e Van Gogh. Um país pequeno, mas poderoso, a Holanda serve como uma porta de entrada para o resto da Europa, com um sistema ferroviário de alta velocidade muito eficiente.

A cultura holandesa é, ao mesmo tempo, organizada e divertida, moderna e histórica. Esse equilíbrio constante torna o país um lugar animado e intrigante. Além disso, seu sistema educacional robusto torna a Holanda um dos melhores lugares para estudar Medicina no exterior.

O grande diferencial da Holanda é seu grande número de faculdades de medicina entre as melhores do mundo. Mesmo sendo um país pequeno, seis das universidades holandesas estão entre as 100 melhores do planeta nesta área. Outros atrativos são:

• Curso de medicina em formato de mestrado integrado (você sai com diploma de bacharel e mestre);
• Duração total de 6 anos de curso (3 anos para a graduação e 3 para o mestrado);
• Programas oferecidos parcialmente em inglês;
• Está entre os países europeus mais reconhecidos pela qualidade de sua medicina.

Estudar medicina na Holanda seria perfeito se não fossem duas coisas. O primeiro ponto negativo é o idioma. É muito raro encontrar a graduação completa em medicina em inglês. Os três anos finais são todos em neerlandês. Além disso, a Holanda é um país caro, tanto no custo de vida quanto na anuidade dos cursos para estrangeiros.

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Quem escolher a Holanda, vai poder aproveitar o tempo livre para viajar. Além da capital, não deixe de explorar outras áreas do país. Alguns exemplos são as cidades de Haia e Roterdã, a vida acadêmica em Utrecht e, claro, alguns moinhos de vento e as plantações de tulipas.

8. Suécia

A Suécia é o único país da Europa Continental que tem uma universidade com um dos dez melhores cursos de medicina do mundo. A universidade mais reconhecida do país nesse ramo é o Instituto Karolinska, responsável por 40% da pesquisa médica do país.

Instituto Karolinska é uma referência mundial em medicina (Foto: Holger.Ellgaard/Wikimedia Commons)

Além do Karoliska, outras duas universidades suecas conseguiram entrar para a lista das 100 melhores do mundo do QS By Subject de medicina. Ou seja, qualidade certamente não é um problema para quem quer estudar no país. Lá você terá:

• Pesquisa avançada na área de medicina;
• Cursos na área a partir do nível de graduação;
• Possibilidade de concluir a faculdade em seis anos;
• Custo moderado;
• Possibilidade de bolsa.

O preço para se tornar um(a) médico(a) por lá não é muito diferente dos praticados pelas universidades particulares brasileiras. Se você tem cidadania europeia, não precisa pagar mensalidade na Suécia. Mas se você tem somente a cidadania brasileira, ainda pode concorrer a uma bolsa e estudar sem pagar as taxas.

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Mesmo conseguindo uma bolsa completa, ainda pode existir outro impedimento. Os melhores cursos de medicina do país são oferecidos apenas em sueco. As próprias universidades não incentivam que os alunos aprendam o idioma apenas para cursar medicina por lá.

9. Estados Unidos

Os Estados Unidos são uma referência mundial em educação superior, pesquisa e inovação. Isso não é diferente quando o assunto é medicina. As melhores universidades do ramo de saúde ficam nos EUA. Alguns exemplos são bem conhecidos, como Harvard e Stanford.

Ainda que qualidade não seja um problema para quem quer estudar medicina nos Estados Unidos, o país pode não ser tão vantajoso quanto outros lugares. A principal razão para isso é que lá não são oferecidos cursos de graduação em medicina.

Pode parecer estranho para quem está acostumado à realidade brasileira, mas em vários países ao redor do planeta o curso de medicina é, na verdade, uma pós-graduação. No caso dos Estados Unidos os médicos têm que passar pelo MD, que é um doutorado profissionalizante em medicina.

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Isso significa que, para estudar medicina nos EUA você já tem que ter uma graduação em qualquer outra área. Além disso, as anuidades são caras e você precisa cumprir provas de acesso específicas, como o MCAT. Mas também existem vantagens, como:

• Ter acesso aos melhores cursos do mundo;
• Fazer faculdade em inglês;
• Poder concorrer a bolsas de estudo completas.

Uma dica para quem quer fazer medicina nos EUA é tentar ingressar na NYU. Atualmente, a universidade oferece bolsas integrais para todos os alunos que fazem o MD por lá. Ou seja, você pode fazer medicina na 33.ª melhor faculdade do mundo na área sem pagar nada.

10. Canadá

O Canadá é um dos destinos de intercâmbio mais queridos dos brasileiros. Isso vale desde quem quer sair do país para aprender inglês até quem pretende fazer uma graduação ou pós-graduação no exterior.

O país, por si só, já oferece várias vantagens para quem quer estudar por lá, como a possibilidade de trabalhar durante meio período de curso. No caso de medicina, os canadenses também tem muito a oferecer como:

• Programas tanto em inglês quanto em francês;
• Universidades com reconhecimento internacional;
• Preços mais baixos que nos Estados Unidos e Reino Unido.

Sem dúvidas, o principal ponto forte de fazer medicina no Canadá é poder aproveitar o que as melhores universidades do país oferecem. No total, 7 cursos de medicina canadenses estão entre os melhores do mundo. Por outro lado, não é fácil conseguir uma vaga.

Exatamente por oferecer uma educação de ponta, as faculdades de medicina canadenses são muito concorridas. Por isso, algumas nem mesmo aceitam a entrada de alunos estrangeiros. Mesmo as que aceitam cobram mensalidades bem mais caras dos estudantes internacionais.

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Além disso, a maioria das universidades canadenses exige que os alunos de fora do país tenham completado um curso de graduação antes de ingressar na faculdade de medicina. Por outro lado, os cursos de medicina canadenses são menores que nos EUA, podendo ser completados em no mínimo 3 anos.

Seu diploma de medicina vai ser válido no Brasil?

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*Este texto foi escrito por Lucas Almeida (2021) e Ana Resende Quadros (2022), e atualizado por Ana Clara Reis (2024)